quarta-feira, 30 de novembro de 2011

sei lá...

A fumaça sai do cigarro escorado no cinzeiro e acompanha o gole seco do uísque servido generosamente  ao lado do mouse. O som é escolhido a dedo pra combinar legal,  mais tarde vai ser a hora do disco de vinil entrar em cena, todo empoeirado e cheio de histórias.
O resto da casa vazio bem como foi desejado, TV? nem pensar, mas outra dose?? é claro que eu to afim né cazuza? hehe
Muitos pensamentos e sentimentos fazem visita, visita rápida mas que perturba..
Saudade do que já foi e não foi visto, do que foi visto e não foi respeitado e saudade do que nem veio ainda.
Alguém bate a porta e eu não atendo, o telefone toca e eu não atendo, eu mesmo chamo minha atenção e?? não atendo...
A luz suave do quarto já incomoda  e ele agora acaba de ficar escuro.
Mais um cigarro...
Outra dose...        uma olhada na janela e nos cômodos restantes pra saber se ainda to sozinho...
Olho o relógio e vejo um horário qualquer, hora de não fazer nada, hora de não sentir nada... são só números que não antecedem e não antecipam nada nada, o olho já ta baixinho e vermelho, talvez pelas inúmeras horas aqui, talvez cansado? ou uma pouco fora de mim... vai saber né... Pouco Importa!




Hoje aqui...
Amanha não se sabe...

Que escorra tudo de ruim.

Quero tempestade, quero chuva vindo na minha direção e que bata tão forte no meu corpo fazendo escorrer até o chão todo o mau que ela acabou de lavar.
Depois uma chuva calma assim do nada  seguida de um belo sol que seque tudo e cultive oque é bom.
Tem que se imaginar nessa situação e sentir.
Tem que entrar na cena e acordar pensando estar molhado.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Acabo sempre voltando e fechando a porta pra tudo...


Outra vez me acabei me perdendo em um turbilhão de pensamentos, envolvendo pessoas nas minha dúvidas, incertezas e terminando aqui, na frente do meu computador escrevendo, tomando uísque e tentando entender o porque de criar tanta dificuldade em tentar sair do meu mundinho, do meu quarto e também a esquecer de tudo que já me fez mau....?
Será que não vou mudar mais? Será que vou ficar aqui com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar (Raul Seixas)? 
Continuo apressado, ansioso, exagerado, brincando com a minha saúde, fudendo a paciência dos outros e sempre com medo de tudo.
Porque que eu não consigo fazer pra mim ...oque eu falo pros outros?
 Porra a vida ta passando e eu to enjoando, to envergonhado por algumas atitudes que não são verdadeiramente minhas.
Vou ficar até quando aqui? com meus livros, meus quadros, meus discos de vinil, um copo sempre bem cheio e uma cabeça que pensa muito e na verdade nunca pensa nada!
Na verdade eu nunca gostei muito de mim, manias loucas, dificuldades de resoluções fáceis, um certo desgosto das coisas.
As vezes chego a pensar que as pessoas são minhas amigas por pena ou pelas minhas inúmeras histórias.
Tento ter meus 25 anos em algumas situações e as vezes até consigo, mas em outras eu demonstro ter bem menos do que isso e em outras vezes demonstro ter bem mais!
Por isso eu vou tentar fazer oque eu disse no twitter esses dias: vou me trancar, escrever, beber e deixar a barba crescer pra que ninguém mais saiba pra quem está olhando. Queria poder viver só assim mas eu tenho que trabalhar e fazer cara bonita sempre, até porque todo mundo já acostumou-se a me ver sempre sorrindo independente do problema. 
Minha sorte é que existem pessoas que gostam de mim e essas mesmas quando me viram em uma época passada exagerando no uso de drogas e álcool e na auto-destruição só me falavam pra eu me cuidar, pois não saberiam viver sem mim ou algo desse tipo, esse tipo de pedido encima da maca faz agente pensar um pouco e ver a dor que vamos causar enterrando o próprio corpo e mente antecipadamente e de uma forma muito sofrida e agoniante.
Ainda bem que essas pessoas existem, elas travam o começo de qualquer pensamento mais suicida...
Pelo menos por enquanto  vai ser assim mesmo, vou ficar por aqui mesmo escrevendo, me entendendo, bebendo e tentando aprender a conviver com as pessoas e também a não descontar minhas magoas e rancores antigos nos outros.


A todas as pessoas que alguma vez se relacionaram ou conviveram no meio dessa bagunça toda...eu peço DESCULPA!! 
É de coração!